A geração que está crescendo entre nós, com raríssimas exceções, está fadada ao fracasso moral, mesmo que tenha dinheiro sobrando, ocupe cargos de destaque e sobreviva de bens herdados.
São meninas e meninos, moças e rapazes dominados pela superficialidade encontrada na internet. Jovens despreparados para a vida real. Estão, só e somente só, vivendo o hoje apenas de corpo presente, como num velório coletivo. Meros mamulengos virtuais que incluem no resumido repertório expressões como “tá ligado?”, “tipo assim” e “com certeza”. São os “manos” e as “minas” desastrosos; “songas” que dormem a acordam com aspectos de zumbis encharcados de conteúdos que não agregam nenhum valor à existência de alguém que tenham o mínimo de bom senso. Está estampado nas caras e nas atitudes de cada um deles.
A turma de hoje é especialista em preencher formulários. Robotizados, até redigem alguns textos a partir de “macetes” e temas tratados nos colégios. Saiam desse mundinho, se perdem. Não escreveriam mais que trinta linhas sobre geopolítica, religião, história dos seus estados. Não saberiam os nomes dos vizinhos, muito menos teriam capacidade de registrar em minguadas linhas experiências vividas pelos pais, tios, avós, porque a conversa entre familiares virou produto em extinção, “coisas” do passado, que não interessam aos “inteligentes” dos tempos atuais, incapazes de sobreviver alguns minutos sem recorrer ao celular.
Influenciados por influenciadores vazios, que se reproduzem como coelhos insanos, seguem no vácuo dos acontecimentos querendo bens materiais, apenas como coadjuvantes de terceira categoria, com todas as chances de destaque nas prateleiras que enxergamos por aí, cheias de mercadorias baratas, chulas, com preços pomposos e valores insignificantes a quem consegue perceber tudo a um palmo do nariz.
Tempos difíceis. E nós, pais, temos, claro, (ir)responsabilidade em todo esse processo. Muitos transferem a culpa para os professores e recorrem a profissionais de saúde, terapias, mantras, religiões e diagnósticos da moda que, quem diria, chegam a ser desejados por alguns desses seres, porque garantem benefícios e os apresentam ao meio em que vivemos como “tadinhos”, “doentes”, “especiais” e o fim dessa história todinha, tomara, será contado por alguém que, pelo menos, não tenha estudado em algumas dessas instituições do esquema “pagou, passou”.
Que Deus nos livre de todos os males! Amém!
Vou ali tomar mais um cafezinho e conversar com Preto Velho. Saravá!
Para finalizar: solicitei a um programa de Inteligência Artificial uma imagem de “jovem cabeludo, com cara de retardado mental” e já apareceu a de um moço usando o celular. Pois é…
João Ricardo Correia
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