As estatísticas oficiais, geralmente transformadas em peças publicitárias que custam muito dinheiro aos cofres públicos brasileiros, são armas que governantes podem usar para esconder a verdade. Quando o assunto é segurança pública, precisamos nos aprofundar e entender a grave situação enfrentada pelo país, que vem sendo dominado, há décadas e com mais intensidade nos últimos anos, pelas facções criminosas, pelo crime organizado. Já circulam em conversas entre especialistas no assunto, Brasil afora e em outros países, dados a respeito do “sumiço de cadáveres”, o que, aos olhos da coletividade, mudariam os números de “assassinatos” pelo de “desaparecimentos”.
O tema foi abordado no podcast Inteligência Ltda, apresentado por Rogério Vilela, com participações de Rodrigo Pimentel (ex-integrante do Bope/RJ) e Joel Paviotti, que falaram sobre crime organizado e contrabando. Para ver o conteúdo na íntegra, clique AQUI.
No México, para que a polícia não investigasse assassinatos, matadores contrataram israelenses que sabiam derreter corpos, colocando-os numa mistura de soda cáustica com ácidos. Polícia e criminosos teriam feito um acerto bom para os dois lados: um continuaria matando os inimigos e o outro não seria cobrado para investigar, apenas registraria os sumiços.
Os derretedores de corpos são chamados “pozoleiros”, em referência ao pozole, tradicional prato da mexicano que lembra uma sopa, com porco ou galinha, servido com vegetais e ingredientes não cozidos, como cebola, alface e pimenta malagueta em pó.
Será que o crime organizado vai implantar essa técnica no Brasil? Será que já estariam nas tratativas com autoridades? Quem se beneficiaria, ao sepultar o sangrento cotidiano em que vivemos? Não esqueçamos que o “microondas” já existe há décadas, no Rio de Janeiro, quando corpos das vítimas são incendiados dentro de pneus; o jornalista Tim Lopes foi executado desse jeito pelos traficantes, em 2002.
A dominação pelos criminosos de cidades em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Ceará mostra a ousadia das quadrilhas desafiando o Estado, que não mostra competência e vontade política para enfrentar o problema de frente. E quando surgem forças policiais que tentam combater traficantes, sequestradores, assassinos e milicianos na língua que os bandidos entendem – e aplicam -, que é o uso da força, que pode resultar em mortes, logo surgem organismos até não governamentais que saem em defesa da bandidagem.
A polícia está acuada. Tem até determinação do Supremo Tribunal Federal que, praticamente, impede as operações policiais nas favelas cariocas. Para a polícia entrar, precisa a avisar a um monte de instituições e o sigilo do trabalho policial é jogado na vala.
No Rio de Janeiro, comunidades inteiras são dominadas pelos criminosos, que vendem da água mineral ao gás de cozinha, passando pela prestação de serviço de internet, cigarros, cervejas, cestas básicas e por aí vai.
No Ceará, empresas de internet estão fechando as portas a mando do crime.
A população baiana está temerosa com o número de assassinatos e com a guinada do tráfico de drogas.
Ninguém se engane: o crime organizado avança a cada dia.
Fontes deste blog revelam, sob a condição de manutenção do anonimato, que o derretimento de corpos no México logo chegará ao Brasil, se já não chegou e ainda não ganhou repercussão na mídia. “Do mesmo jeito que o crime organizado fez esse acerto com a polícia mexicana, quem duvida que não pode fazer o mesmo no Brasil, extorquindo o que chamamos da parte podre da polícia?”, disse um oficial PM.
Outro entrevistado, servidor aposentado do Poder Judiciário, ressalta o poderio financeiro dos traficantes e alerta: “Hoje, quem usa esses cigarros eletrônicos e os cigarros contrabandeados do Paraguai é cúmplice desses grupos que matam, dominam comunidades. São bilhões de reais nas mãos do crime. O que é apreendido é muito pouco, infelizmente”.
Uma terceira fonte, do Poder Legislativo de um estado nordestino, assegura que já existem diálogos, nos seios governamentais, a respeito do que acontece no México. E acrescenta: “Por mais estarrecedor que pareça, há quem prefira ocultar os corpos, de forma ilegal, a ter que ficar sendo cobrado por mais investigações policiais, afinal de contas, sem corpo não há homicídio”.
João Ricardo Correia
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