A dependência química e o mundo virtual são criminosos em potencial. O mais preocupante, nesse cenário caótico da existência humana, é que muitas pessoas ignoram ou têm nesses elementos aliados, como um escape da realidade.
Álcool, tabaco, medicamentos e outras drogas estão, cada vez mais, em moda. Vendem como água no deserto, Alguns deles são, teoricamente, intolerados, criticados, condenados, mas estão, sim, presentes em todas as classe sociais.
Para piorar a situação, temos os zumbis dos nossos dias, muitos dos quais vítimas da psiquiatria decadente, na visão de Guido Palomba, psiquiatra forense brasileiro com 35 anos de atuação. De forma clara, sem medo, critica a forma como milhares de pessoas são tratadas por aí, com remédios goela abaixo, indiscriminadamente (sugestão: assista a entrevista abaixo, no Podcast Inteligência Limitada, apresentado por Rogério Vilela).
Distúrbios da cabeça sempre motivaram discussões mundo afora. Nos tempos modernos, ampliam ramificações profissionais, retroalimentam a indústria farmacêutica e ganham “apelidos”, digamos, mais sociáveis, que estejam mais de acordo com discursos “empoderados”, “inclusivos” e com atitudes tantas vezes irresponsáveis de pais e mães que, por sacanagem ou incompetência, transferem os “cuidados” dos filhos a “doutores” e “doutoras”, ou, de forma ainda mais inaceitável, os deixam sob o risco dos smartphones, tablets, computadores. É mais cômodo justificar os dramas sociais a partir dos que os “manos” e “minas” consomem no isolamento dos seus quartos.
O resultado de tudo isso é um exército mundial de cretinos funcionais, de várias idades, guiados sabe lá por quem; meninos, meninas, adolescentes, adultos, todos robotizados. Inúteis sociais, que ocupam espaço, cumprem – alguns – as obrigações escolares e produzem sorrisos sem graça, disseminam a produção de conteúdos superficiais e colocam as gerações futuras nas mãos da indústria fomentada por governos e investidores inescrupulosos que querem mais é que o pensamento racional seja um produto em extinção, para que possam manipular, mandar, determinar e agradar a turminha do amor, dos influenciadores e influenciadoras que se igualam aos camarões com o que possuem no crânio.
Os “doidinhos” de ontem ganharam uma nova roupagem. As drogas têm novas embalagens. E o mundo continua cada vez pior. Somos, todos, responsáveis por isso. Já começamos a pagar a conta.
João Ricardo Correia
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